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terça-feira, 18 novembro 2025 / Published in Previdenciário

Tudo o que você precisa saber sobre pensão por morte

Flor branca sobre superfície clara, simbolizando homenagem e amparo aos dependentes de segurados falecidos.

A pensão por morte é um dos principais benefícios previdenciários previstos pela legislação brasileira.

Seu objetivo é garantir a proteção financeira dos dependentes de um segurado do INSS falecido, assegurando estabilidade e dignidade às famílias que perdem o provedor.

O benefício é regulamentado pela Lei nº 8.213/91 e sofreu alterações importantes com a Reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103/2019), que modificou regras de cálculo, duração e condições de acesso.

Neste artigo, você vai entender quem tem direito, como funciona o cálculo, quais documentos são exigidos e como solicitar o benefício.

O que é a pensão por morte

A pensão por morte é um benefício mensal pago aos dependentes do segurado do INSS que falece, seja ele aposentado ou não.

A finalidade é substituir a renda que o falecido recebia, garantindo a subsistência de seus familiares.

O benefício pode ser solicitado em casos de:

  • Falecimento natural ou acidental;
  • Morte presumida, declarada judicialmente;
  • Desaparecimento, quando reconhecido por decisão judicial.

Quem tem direito à pensão por morte

A legislação divide os dependentes em três classes prioritárias, e a existência de uma delas exclui o direito das seguintes.

Primeira classe – dependência presumida

Não precisam comprovar dependência econômica:

  • Cônjuge ou companheiro(a);
  • Filhos menores de 21 anos;
  • Filhos inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave.

Segunda classe – dependência comprovada

  • Pais do segurado, desde que comprovem dependência econômica.

Terceira classe – dependência comprovada

  • Irmãos não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos/deficientes, também mediante comprovação de dependência.

A ordem de preferência é importante: apenas se não houver dependentes da primeira classe é que os da segunda poderão requerer o benefício, e assim sucessivamente.

Duração da pensão por morte

A duração do benefício depende da idade do cônjuge ou companheiro(a) no momento do óbito e do tempo de contribuição do segurado.

Após a Reforma da Previdência, as regras foram ajustadas da seguinte forma:

Idade do dependenteDuração da pensão
Menos de 21 anos3 anos
Entre 21 e 26 anos6 anos
Entre 27 e 29 anos10 anos
Entre 30 e 40 anos15 anos
Entre 41 e 43 anos20 anos
44 anos ou maisVitalícia

Importante: Para que o cônjuge tenha direito ao benefício, o segurado precisa ter contribuído por pelo menos 18 meses e o casamento ou união estável deve ter duração mínima de 2 anos.

Em casos de morte acidental ou invalidez decorrente de acidente, essas exigências são dispensadas.

Valor da pensão por morte

O valor da pensão varia conforme a situação do falecido:

  • Se o segurado era aposentado:
    A pensão corresponde a 50% do valor da aposentadoria + 10% por dependente, até o limite de 100%.
  • Se o segurado ainda trabalhava:
    O cálculo é feito com base na aposentadoria por invalidez que ele teria direito, aplicando-se a mesma regra de 50% + 10% por dependente.

Exemplo prático:

Um segurado aposentado recebia R$ 4.000 e deixa esposa e dois filhos menores.

A pensão será:

50% (valor-base) + 10% + 10% + 10% = 80% do valor original.

Logo, a família receberá R$ 3.200 mensais.

Quando os filhos atingirem 21 anos, o percentual correspondente é extinto, reduzindo o valor total do benefício.

Tipos de pensão por morte

A pensão pode ser classificada conforme a situação do segurado:

Pensão por morte urbana

Destinada aos dependentes de trabalhadores urbanos que contribuíam ao INSS.

Pensão por morte rural

Devida aos dependentes de segurados especiais — agricultores, pescadores artesanais e trabalhadores rurais —, desde que comprovada a atividade no campo.

Pensão por morte de servidor público

Regida por regras próprias de regimes estatutários, mas segue lógica semelhante de amparo aos dependentes.

Documentos necessários para solicitar a pensão

Para agilizar o processo, é importante reunir todos os documentos antes de iniciar o pedido:

  • Documento de identificação com foto e CPF do requerente;
  • Certidão de óbito do segurado;
  • Documentos pessoais do falecido;
  • Prova de união estável ou casamento (para cônjuges e companheiros);
  • Documentos que comprovem dependência econômica (para pais e irmãos);
  • Documentos que comprovem contribuição ao INSS (CTPS, carnês, CNIS).

Situações em que o benefício pode ser negado

O INSS pode indeferir o pedido de pensão por morte por motivos como:

  • Falta de comprovação da qualidade de segurado do falecido;
  • Ausência de provas da união estável ou dependência econômica;
  • Contribuições em atraso;
  • Documentação incompleta.

Caso o benefício seja negado, é possível recorrer administrativamente ou ajuizar ação judicial, apresentando novas provas e documentos.

Nessas situações, contar com orientação jurídica especializada é essencial.

Acúmulo de benefícios: é permitido?

A Reforma da Previdência restringiu o acúmulo de pensão com outros benefícios, como aposentadoria.

Hoje, é possível receber ambos, mas o valor da pensão será reduzido progressivamente conforme a renda, com base nas faixas de 60%, 40%, 20% e 10% do valor excedente.

Cada caso deve ser analisado individualmente para evitar perdas financeiras indevidas.

Perguntas frequentes

Posso perder o direito à pensão por morte?

Sim, em casos de novo casamento (antes de 2 anos de união anterior), cessação da invalidez, fim da dependência econômica ou morte do beneficiário.

A pensão por morte é automática?

Não. É necessário requerer o benefício junto ao INSS, apresentando toda a documentação exigida.

Filhos universitários têm direito à pensão após 21 anos?

Não. O limite é 21 anos, exceto em casos de invalidez ou deficiência.

Conclusão

A pensão por morte é um benefício fundamental para proteger os dependentes de segurados falecidos, garantindo estabilidade em um momento de fragilidade emocional e financeira.

Entender as regras, documentos e prazos é essencial para evitar indeferimentos e garantir o acesso rápido ao direito.

Cada caso tem suas particularidades. Por isso, é importante contar com orientação jurídica especializada.

Acompanhe mais informações sobre seus direitos no blog da Bogo Advocacia.

Tagged under: benefícios previdenciários, direito previdenciario, inss, pensão por morte

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