
A tendinite é uma das doenças ocupacionais mais comuns no Brasil, afetando trabalhadores de diversas áreas que realizam movimentos repetitivos. Mas será que a tendinite dá direito a uma aposentadoria no INSS?
Neste artigo, explicamos em detalhes quais são os benefícios possíveis, como é feita a avaliação pelo INSS e quais cuidados você precisa ter para garantir seus direitos.
O que é tendinite e por que ela pode gerar benefícios no INSS?
A tendinite é uma inflamação dos tendões, geralmente causada por esforço repetitivo, posturas inadequadas ou sobrecarga. Por ser considerada uma doença ocupacional, em alguns casos ela pode gerar direito a benefícios previdenciários.
Quando a tendinite compromete a capacidade de trabalho do segurado, o INSS pode conceder:
- Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)
- Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez)
Quando a tendinite dá direito ao auxílio-doença?
Se a tendinite impede o trabalhador de exercer suas funções de forma temporária, ele pode solicitar o auxílio por incapacidade temporária.
É necessário apresentar laudos médicos, exames e passar por perícia médica do INSS.
Principais requisitos:
- Comprovação da incapacidade para o trabalho
- Qualidade de segurado mantida
- Cumprimento da carência (mínimo de 12 contribuições, salvo em casos de acidente de trabalho)
Quando a tendinite pode levar à aposentadoria?
A aposentadoria por incapacidade permanente é concedida quando a tendinite causa incapacidade total e permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação em outra função.
O que é avaliado pelo INSS:
- Gravidade da tendinite
- Tentativas de tratamento e reabilitação
- Existência de incapacidade definitiva para qualquer atividade laborativa
Se confirmada a incapacidade permanente, o segurado pode ter direito à aposentadoria.
A importância da documentação
Em ambos os casos (auxílio ou aposentadoria), é essencial apresentar documentação médica completa, como:
- Laudos e relatórios detalhados
- Exames de imagem (ultrassonografia, ressonância magnética)
- Atestados médicos atualizados
- Histórico de tratamentos realizados
Sem essa documentação, o pedido pode ser negado na perícia.
O que fazer se o benefício for negado?
Se o INSS negar o benefício, o segurado pode:
- Entrar com recurso administrativo no próprio INSS
- Ingressar com ação judicial para garantir o direito, com o suporte de um advogado especializado em Direito Previdenciário
É muito comum que benefícios por tendinite sejam indeferidos por falta de provas médicas bem elaboradas, por isso a atuação profissional faz toda a diferença.
Dica extra: planejamento é essencial
Antes de solicitar qualquer benefício, é fundamental ter um planejamento previdenciário. Isso evita erros no pedido e aumenta as chances de aprovação.
Conclusão
Quem sofre de tendinite pode, sim, ter direito a benefícios do INSS, como auxílio-doença ou até aposentadoria por incapacidade permanente, dependendo do grau da doença.
Cada caso precisa ser avaliado de forma individual, considerando a documentação médica e o histórico de trabalho.
Se você enfrenta dificuldades por conta da tendinite, busque a orientação de um advogado previdenciário para proteger seus direitos e garantir o melhor benefício possível.
