Você já deve ter ouvido falar por aí que o planejamento é a alma do negócio, mas qual a verdade nessa frase? Na área de direito previdenciário ela faz muito sentido e se levada a sério pode ter ótimos resultados ao trabalhador.
Pode parecer precaução demais, mas realizar um planejamento previdenciário de qualidade pode ser o diferencial para receber o melhor benefício quando chegar a hora. É preciso considerar que todos temos “vidas previdenciárias” diferentes, algumas pessoas começaram a trabalhar ainda muito novas, outras esperaram uma certa idade, tem quem sempre trabalhou recebendo bons salários e também aqueles que trabalharam em mais de um emprego simultaneamente.
Não existe uma fórmula exata que possa ser aplicada às situações para se chegar a um veredito, mas por meio de um planejamento previdenciário completo e de qualidade é possível ter uma bela noção de qual caminho seguir.
Por que o planejamento previdenciário é importante?
Para explicar as benesses do planejamento previdenciário primeiro é preciso destacar que cada um possui suas peculiaridades e há uma infinidade de atividades sendo desenvolvidas pelas pessoas. Há quem trabalhe com atividades insalubres e perigosas e faça isso desde sempre, há quem teve uma curta experiência nessas áreas e tenha resolvido mudar ou até mesmo quem nunca trabalhou em atividade do gênero.
Pode não fazer sentido num primeiro momento, mas apenas esses 3 cenários podem ter planejamentos previdenciários completamente diferentes e pedidos de aposentadoria distintos. Um segurado precisará trabalhar por 25 anos para se aposentar enquanto outro terá que trabalhar 10 anos a mais que esse, pois cada um possui características próprias.
Isso tudo serve para exemplificar que, antes de mais nada, o planejamento previdenciário é algo personalizado, feito levando em consideração as características particulares de cada segurado.
Significa dizer que o profissional responsável pela realização do planejamento fará uma espécie de mapeamento da vida do segurado, considerando questões previdenciárias. Será analisado o CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais, bem como da carteira de trabalho do segurado, já se atentando para possíveis erros de cadastramento.
Com a reforma da previdência ocorrida em novembro de 2019, nós passamos a ter alguns cenários diferentes. Há quem pode aproveitar as regras antigas, quem só pode se aposentar considerando as novas regras e aqueles inseridos nesse meio, que podem utilizar as regras de transição.
O que ocorre muito é do segurado, ansioso pela aposentadoria, se dirigir ao INSS assim que completa qualquer requisito e fazer o requerimento de uma modalidade que acredita ser a melhor, mas nem sempre é.
Imagine a situação de um empregado que mal analisou o cenário previdenciário e notou que a regra de transição do pedágio de 50% era, supostamente, a solução dos seus problemas. Trabalhou pelo tempo necessário e fez o requerimento junto ao INSS. Quando do deferimento, notou que o valor a ser recebido era muito menor do que ele esperava, e teve a informação que nessa regra de transição há incidência do chamado fator previdenciário, que acaba diminuindo o valor mesmo.
Com um planejamento previdenciário de qualidade talvez esse segurado fosse instruído a trabalhar um pouco mais para se inserir na regra de transição do pedágio de 100% e assim receber um valor maior.
Esse é só um exemplo entre milhares de que o planejamento previdenciário é o melhor negócio a se investir. Além de ser possível prever qual o melhor tipo de benefício a ser recebido e qual o melhor momento para fazer o requerimento, o segurado terá mais segurança no processo, preparando toda a documentação com calma e de forma correta.
Pode parecer exagero, mas investir nisso pode fazer uma diferença enorme na aposentadoria do segurado.
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